Conselho de Consumidores da Enel Rio foi a Araruama ouvir as queixas dos clientes 

O Conselho de Consumidores da Enel Distribuição Rio esteve no dia 26 de junho no Sindicato dos Servidores Municipais de Araruama ouvindo as queixas e sugestões dos clientes da Enel Rio atendidos pelo Polo Lagos. Com as principais reclamações voltadas à interrupção de energia e furtos, os consumidores contaram seus casos diante de integrantes do Conselho e de representantes da Enel Rio.

Na abertura, Manoel Neto, presidente do Conselho, explicou que órgão existe desde 2000. É formado por dez  membros, (cinco titulares e cinco suplentes) que representam as classes de consumidores dentro da área de concessão da Enel: Residencial, Comercial, Industrial, Rural e Poder Público, além de representante do órgão de Proteção e Defesa do Consumidor. 

“Nós respondemos diretamente à Aneel e atuamos de forma voluntária e consultiva junto à empresa com a finalidade de contribuir com sugestões para a melhoria da qualidade dos serviços prestados. A reunião em Araruama faz parte de uma série de encontros que são realizados em diversas cidades da área de concessão da Enel Rio para ouvir o consumidor de perto e falar da existência do Conselho como mais um canal voltado para o consumidor”. 

Como representante da Enel, Anderson Pieroni, responsável pelo polo lagos, fez uma  apresentação mostrando o plano de investimentos e manutenção na região. 

“Estamos prevendo cerca de 27 mil podas corretivas, 76 mil lavagens por conta de salinização na rede e 12 mil ações de prevenção. Além de investimentos em telecontrole e em Subestação Centro Satélite”.

De acordo com Pieroni, será possível sentir  uma melhora da rede com as ações previstas. 

É o que espera a consumidora, Helena Pereira, moradora de Araruama. Ela reclamou de queda de energia pela sobrecarga da rede, na maioria das vezes causada pelos furtos de energia. 

“A cidade cresceu muito e quando está cheia ficamos sem energia.  Isso acontece porque muitos furtam energia, principalmente nas casas de veraneio. E quando ligamos para a empresa para denunciar, somos tratamos até com um certo desprezo. Ainda temos a exigência de fazer somente uma denuncia por ligação. E dificilmente vemos uma ação ser tomada em relação às denúncias”.

Marta Menezes, conselheira representante do Codecon, alertou que a Enel tem que receber as denúncias e encaminhá-la aos órgãos competentes.  

“É obrigação da empresa fiscalizar as denúncias. Furto de energia está qualificado no Código Penal. Além disso, para repor as perdas com os desvios de energia elétrica, a Enel repassa parte do que é furtado para os outros consumidores. Esse valor é definido na revisão tarifária”. 

O Vereador Paulinho Corrêa, membro da Comissão de Defesa do Consumidor de Araruama, questionou se a empresa teria um plano de ação para situações emergenciais.

“Já tivemos situações sérias na cidade e a concessionária tem que ter um plano de emergência para situações atípicas. Nós não temos uma equipe disponível na área. Sempre que temos um problema, perdemos muito tempo no deslocamento das equipes que vêm de outros municípios”.

Willian Luz, vereador de Arraial do Cabo e presidente da comissão que acompanha os assuntos relevantes do município, como a CPI da Energia na Alerj, reforça que o atendimento é um problema na empresa.

“A Enel não antecipa os problemas. Não é de hoje que sabemos que quando chega o verão temos uma sazonalidade. Os problemas são conhecidos só que as ações não saem do papel. Quem tá na ponta não vê a solução e só vê a conta aumentando”.

Fabiano Silveira, vice-presidente do Conselho, concorda com o vereador e defende que, além de todos os problemas,  a conta de energia no estado está difícil de pagar. 

“No nosso estado sofremos ainda mais para pagar a conta. Além de ter um dos mais altos ICMS, ainda arcamos com custos da diferença de arrecadação da empresa”.

Fabiano explica que o Governo do Estado, através de  resolução da Secretaria de Fazenda, tem cobrado na fonte a integralidade do ICMS na geração de energia das termoelétricas. No entanto algumas classes de consumo são isentas de ICMS. 

“Na hora da arrecadação, a Enel só consegue fazer a compensação tributárias de 80%, os outros 20% são relativos a consumidores isentos do pagamento por força de Lei. Mas a legislação permite que a empresa faça requerimento junto à Aneel para reaver este valor, que na revisão tarifária é embutido para que os consumidores compensem através da tarifa”, explica. 

Fabiano diz que o Conselho está atento a essa prática e está contribuindo ativamente da CPI da energia elétrica da Alerj com argumentos para que o revogue esta resolução desonerando os consumidores. 

O presidente do Conselho de Consumidores, Manoel Teixeira Neto, finalizou a reunião informando que todas as questões levantadas serão enviadas à Enel e que o Conselho irá acompanhar a evolução das reclamações. 

“Continuaremos nosso trabalho realizando novas reuniões. É muito importante o consumidor saber que tem mais um canal junto à empresa e que o conselho existe para acompanhar as ações realizadas pela Enel. Nós vamos encaminhar as demandas que recebemos aqui. A nossa próxima reunião será na região Noroeste. Convidamos todos os consumidores a participar”, finaliza.

Fonte:

Assessoria de Comunicação 

Conselho de Consumidores da Enel Distribuição Rio

(21) 98878-7213 ou (21) 4106-4452